Sinceramente, não sei porque o deixo acontecer! Quando penso estar bem é quando realmente não podia estar mais enganada.
De repente toda a minha felicidade desvanece, o desespero instala-se e a confusão apavora-me.
Eu tentei, tentei não olhar para trás e misturar sensações com sentimentos novamente, mas não consegui.
Observar-te a uma distância favorável, ver-te feliz, com aquele sorriso maravilhoso e aquele olhar penetrante é fantástico... E ao mesmo tempo doloroso.
É agoniante ter de ficar parada, não podendo participar dessa felicidade. É agoniante saber que a podia ter destruído num abrir e fechar de olhos, numa questão de segundos e mesmo assim preferi ficar imóvel, observando e fingir estar tudo bem.
Sempre fui óptima a interpretar todo o tipo de "papeis", iludindo o público com facetas e emoções todas elas muito distintas.
Inclusive enganei-me a mim própria, quando pensei ter uma personalidade forte e indestrutível, capaz de superar e erguer-se perante qualquer obstáculo.
A acção da história continua, as cortinas fecharam-se o acto da qual participei terminou, muda-se a cena, eu sai, abrem-se as cortinas tu permaneceste, um novo acto com novas personagens, novos figurantes, novas emoções.
O público radiante aplaude de pé o actor principal, que aprendeu a iludir, a enganar e a mentir.
Aplausos para uma vida de farsas e ilusões.
"Aplausos para ti!"
By: Luana
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